Sindicato denuncia impactos do encerramento de agências bancárias no interior baiano

O diretor de imprensa do Sindicato dos Bancários, Adelmo Andrade, apontou que o fechamento de agências bancárias está afetando diretamente a vida da população, especialmente nas cidades do interior da Bahia. Em entrevista ao Jornal da Cidade nesta segunda-feira (25), ele destacou que essa situação vem gerando sérios prejuízos sociais e econômicos.

“Não só em Salvador, mas nas cidades do interior do estado, onde só existe uma agência, estamos enfrentando muitos problemas. Com o fechamento dessas unidades, moradores são obrigados a viajar mais de 100 quilômetros para realizar uma simples operação bancária. Isso causa prejuízo para o próprio município, pois muitas vezes o dinheiro acaba sendo movimentado em outra cidade”, afirmou.

Só nos últimos cinco anos, a Bahia viu 149 agências encerrarem suas atividades, segundo dados do Banco Central. No mesmo período, de 2021 a junho de 2025, 3.935 bancários perderam seus empregos no estado, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo Andrade, a justificativa dos bancos é a digitalização dos serviços, impulsionada pelo crescimento das fintechs. No entanto, ele questiona a exclusão digital que atinge grande parte da população. “Como é que um lavrador, uma pessoa do interior, que muitas vezes não tem nem celular ou acesso à internet, vai conseguir fazer uma operação financeira? Ainda mais em um cenário repleto de golpes virtuais, isso os torna ainda mais vulneráveis”, explicou.

Confira a entrevista na íntegra: