O mercado aéreo passou por transformações profundas após a pandemia da Covid-19, que acelerou mudanças na frota e afetou a velocidade de crescimento das companhias. A avaliação é de Cláudia Sishido, gerente de vendas e marketing da Brasil Air Europa, que destacou nesta segunda-feira (25), durante o Jornal da Bahia no Ar, como o período de crise impactou o setor e abriu caminho para novas estratégias.
“Por um lado, a gente aproveitou a pandemia para reestruturar. Nossa frota já vinha, na verdade, com esse planejamento de renovar, de a gente só ter aeronaves novas. E a pandemia, na verdade, só importou esse tempo. Então, hoje a gente voa com uma frota bastante nova, porque nós deixamos de usar aeronaves mais antigas. Mas, ao mesmo tempo, isso faz com que a gente seja um pouco penalizado em relação ao número de aeronaves que a gente tem”, disse.
Segundo Sishido, além da renovação da frota, o setor enfrentou dificuldades na reposição de peças e na disponibilidade de aeronaves, o que limitou o ritmo de expansão. Ainda assim, a executiva ressaltou que a empresa mantém como prioridade o fortalecimento das conexões entre América Latina e Europa, aproveitando o hub de Madrid como porta de entrada.
“Houve uma falta não só das aeronaves, mas também por causa de peças, né? Por causa de tudo que a gente precisa na indústria. Então, afetou realmente todo mundo e aí isso faz com que a gente cresça um pouco mais devagar do que a gente esperava. Mas a gente tem intenção, sim, de continuar expandindo”, concluiu, ao revelar que o objetivo é conectar a América latina à Europa com aviões de ponta.
Confira a entrevista completa: