O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) alertou sobre os impactos da concentração de renda e da desigualdade tributária no Brasil. Em entrevista ao Jornal da Cidade, nesta segunda-feira (7), o parlamentar defendeu a atualização do IOF como uma medida para reequilibrar o sistema tributário brasileiro e criticou os privilégios de uma minoria que, segundo ele, vive à margem das responsabilidades sociais.
“IOF, na realidade, era uma atualização e um ajuste para dar um melhor equilíbrio à questão tributária no país. Não tem país que não tem taxa tributária. É que os ricos do nosso país preferem gastar com vinhos caros do que, obviamente, criar uma condição de renda para o Brasil, para melhorar a vida das pessoas mais pobres”, afirmou Rosemberg. Para ele, o atual sistema penaliza os mais vulneráveis: “Quem acaba pagando mais os custos do Brasil é o povo pobre.”
O deputado também fez duras críticas à disparidade salarial no serviço público, considerando-a inaceitável frente à realidade da maioria da população. “É inadmissível um salário mínimo no Brasil de R$ 1.500, e você tem pessoas ganhando R$ 180 mil no mês”, comentou.
Por fim, Rosemberg defendeu a necessidade de mudar o foco do debate político. Para ele, a polarização entre Lula e Bolsonaro tem enfraquecido o conteúdo das discussões no país. “Nós precisamos voltar a debater ideias e não pessoas. Essa divisão entre Lula e Bolsonaro, na minha opinião, é um empobrecimento da política do debate”, concluiu.
Confira a entrevista completa: