Governo arrecada R$ 8,1 bilhões com taxação de super-ricos, e arrecadação bate recorde

A arrecadação federal bateu um recorde com a receita de R$ 8,1 bilhões nos dois primeiros meses do ano. O valor foi resultado da decisão de taxar os fundos exclusivos, utilizados por investidores super-ricos. 

A tributação em conjunto com a recuperação da economia fez com que a receita somasse R$186,5 bilhões em fevereiro, uma alta de 12,27% acima da inflação oficial em relação a fevereiro do ano passado.No bimestre, a Receita Federal recolheu R$469,5 bilhões, uma alta real de 8,82% em relação a igual período de 2023.

Os ganhos com a taxação foram acima do esperado pelo governo. O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias disse acreditar que o valor da arrecadação tende a aumentar. “A expectativa é que [a arrecadação total dos fundos exclusivos] vai superar [a estimativa]”, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira (21).

O ingresso desses primeiros R$12 bilhões em 2024 refere-se apenas ao estoque dos recursos que já estavam guardados nesses fundos e cujos rendimentos não sofreram incidência de Imposto de Renda nos últimos anos. A nova lei, aprovada no ano passado, previu a atualização desses ativos e o recolhimento do imposto a uma alíquota favorecida de 8% e com pagamento parcelado entre dezembro de 2023 e março de 2024.