As investigações da Polícia Federal sobre supostas irregularidades na compra de kits de robótica no governo Jair Bolsonaro (PL) apontam para outro escândalo com recursos do MEC (Ministério da Educação), iniciado no governo Michel Temer (MDB).
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, ocorreram transações financeiras entre alvos da operação Hefesto, que investiga o caso de robótica, e da Literatus, que apurou compras suspeitas de materiais escolares da ordem de R$ 154 milhões. Os dois casos usaram recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão do MEC.
Os investigadores apontam que a empresa GM Quality Comércio Ltda., do principal alvo da Literatus, Antônio Fernando Mendes da Silva Júnior, transferiu R$ 486 mil para a 3 JC Serviços Administrativos Eireli, firma em nome de Edmundo Catunda, pessoa central no escândalo da robótica.
O governo Bolsonaro repassou R$ 26 milhões para sete cidades de Alagoas adquirirem kits de robótica. Os contratos eram com a empresa de Catunda, que é próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

