Abin aponta suposta participação de transportadoras e empresas ligadas ao garimpo ilegal no 8 de janeiro

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu relatórios que indicam a possível participação de transportadoras, donas de caminhões e empresas suspeitas de envolvimento com o garimpo ilegal, nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

As informações foram reveladas pelo jornal Folha de S.Paulo e pela GloboNews. Os relatórios foram entregues pela agência de inteligência à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Golpistas.

A Abin identificou 272 caminhões que chegaram à Brasília a partir de novembro de 2022, logo após o resultado das eleições em que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Metade dos veículos pertenciam a empresas e os outros estavam registrados em nome de pessoas físicas, sócias de empresas de médio porte do setor agropecuário.

Segundo os dados levantados pela agência, ao menos 12 empresas eram proprietárias de mais de um caminhão presente no acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Na avaliação da Abin, isso indica baixa adesão de caminhoneiros autônomos, e o estímulo aos atos por determinados grupos econômicos.