Alunos da Escola Municipal Maria Quitéria visitam exposição no Pelourinho 

Dentro dos festejos pelo bicentenário da Independência da Bahia, neste mês de julho, alunos da Escola Municipal Maria Quitéria, no Matatu de Brotas, participam de uma exposição. Até o próximo dia 26, as atividades realizadas em sala de aula, com pintura de telas, colagem e desenhos, estão disponíveis para visitação no Museu Eugênio Teixeira Leal, no Centro Histórico. 

Na tarde da quinta-feira (13), os estudantes do 3º e 4º ano visitaram a mostra, acompanhados de professores e pais. Na ocasião, os jovens receberam um certificado especial de participação na exposição, assinado pelo diretor interino do museu, Euler Oliva, e visitaram o acervo do espaço, que possui medalhas, a história das moedas e do dinheiro no Brasil, e muito mais. 

A professora de Artes, Cileide Marques, conta que o 2 de Julho já faz parte da sua vida desde a faculdade, quando usou o tema em seu projeto de conclusão do curso de Museologia da Ufba. Ela, que já trabalhou no museu antes de ingressar na rede municipal de ensino, aproveitou e levou seu trabalho para a sala de aula, aprofundando o conhecimento especialmente entre os jovens, crianças e adolescentes. 

“Quando eu fui convocada para lecionar na rede municipal, levei o projeto e foi ótimo. Esse é um tema que foge da realidade das crianças. Foram 57 alunos expondo no Museu, mas todos os alunos da escola aprenderam, durante o semestre, sobre o hino, as bandeiras e seus significados, vídeos e contextualização histórica. Foi muito interessante”. 

O diretor do museu conta que essa é a primeira vez que uma escola municipal promove uma exposição no espaço do museu. “É importante ter isso aqui, porque a essência do nosso museu é ser educativo. Então ter a escola apresentando um trabalho de arte faz parte da nossa missão. Nosso acervo é educativo, conta a história do Brasil, do mundo, com itens importantes para a nossa história. E tendo Cileide, uma egressa do museu, trazendo este conteúdo do projeto Salve o Dois de Julho é fundamental, fomentando esse tipo de articulação, de pensamento e desenvolvimento que beneficia os jovens”. 

Orgulho – Aluno do 4º ano, Marcos Luis Santos, de nove anos, ficou orgulhoso de ver suas pinturas expostas. “Eu gostei de trabalhar na sala sobre o 2 de Julho, assistimos vídeos, foi muito bom. Aqui (no museu) tem minhas pinturas da bandeira do Brasil Imperial, de Salvador e de folhas sagradas. Tô muito feliz”. 

A confeiteira Tatiane Conceição, mãe de Guilherme Sena, de 11 anos, aproveitou para conhecer a exposição com o filho. “Achei muito importante este momento. Não só por ser um fato histórico do nosso país, do nosso Estado, mas trazendo as crianças para essa realidade da nossa cultura. Para Guilherme foi um incentivo a mais, pois ele ficou mais criativo, passou a falar melhor, conhecendo Salvador e identificando os prédios e locais importantes. Foi gratificante para mim, fiquei impactada com a iniciativa e grata”. 

“Além de conhecer a história, também achei importante desenhar Maria Quitéria, uma das principais heroínas da Independência da Bahia, eu amei. Aprendi muito sobre a data, gostei bastante”, disse Guilherme.